Anúbis o Deus egípcio dos funerais
Anúbis foi a divindade do antigo Egito reconhecida como o deus egípcio dos funerais e encarregado de conduzi-los através do além. Além disso, era encarregado de salvaguardar os sepulcros.
Uma divindade do Egito antigo, era retratado com a face de um chacal e reconhecido por sua associação com os falecidos e o processo de mumificação.
O Deus egípcio dos funerais fazia parte do panteão religioso do Antigo Egito, sendo venerado como o deus ligado aos falecidos e ao processo de mumificação. Ele era considerado guardião dos túmulos e dos mortos na vida após a morte, embora tenha gradualmente cedido alguns de seus atributos para Osíris. Os egípcios o representavam com a cabeça de um chacal, e imagens deste deus eram comuns em tumbas egípcias.
Veja também: Religião no Egito Antigo
Tópicos deste artigo
1 - Resumo sobre Anúbis
2 - Quem era Anúbis?
3- Culto a Anúbis
4- A influência de Anúbis na cultura popular moderna
5- Desafios enfrentados pelo culto a Anúbis
Resumo sobre Anúbis
- O deus egípcio, era retratado com a face de um chacal.
- Ele era venerado como o deus dos mortos e da mumificação.
- Com o tempo, essas características foram associadas a Osíris.
- Além disso, Anúbis era considerado o guia dos falecidos no além e o guardião dos túmulos.
- A mais antiga representação registrada remonta a aproximadamente 3100 a.C.
Quem era Anúbis?
Anúbis desempenhava um papel crucial na religião egípcia, sendo considerado o principal deus dos falecidos entre esse povo. Ele era reconhecido como o divino encarregado da mumificação e do acompanhamento dos mortos na vida após a morte. Os antigos egípcios o representavam com uma forma humana, mas dotado de uma cabeça de chacal.
Os antigos egípcios o representavam com uma cabeça de cor negra, simbolizando a decomposição do corpo, porém também associada ao renascimento, já que a terra fértil próxima ao Rio Nilo tinha essa coloração.
O culto a Anúbis se desenvolveu em algum momento durante o período pré-dinástico do Egito. Acredita-se, e historiadores afirmam, que o culto ao Deus egípcio dos funerais provavelmente remonta a longa data, visto que representações deste deus foram encontradas em tumbas egípcias datadas por volta de 3100 a.C.
Como mencionado, Anúbis foi originalmente reconhecido como o primeiro deus dos mortos na religião egípcia. No entanto, ao longo do tempo, seus atributos foram gradualmente associados a Osíris, uma outra divindade de grande importância no panteão egípcio. Essa fusão de características relacionadas aos mortos e à mumificação gerou certa confusão entre os dois deuses e resultou em modificações nos mitos envolvendo o Deus
Anúbis não desempenha papéis proeminentes nos mitos egípcios. Com a ascensão de Osíris, ele passou a ser considerado filho de Osíris e Néftis, embora haja variações na mitologia que o relacionem a Hesat e Bastet, entre outros. Com a crescente importância de Osíris, ele foi transformado em uma espécie de assistente desse deus, encarregado de proteger os túmulos e guiar os mortos na vida após a morte.
Os antigos egípcios acreditavam que o Deus egípcio dos funerais era um dos deuses presentes no Tribunal de Osíris, onde os mortos eram julgados para determinar se teriam uma vida após a morte ou seriam devorados por um monstro. Nesse tribunal, Osíris desempenhava um papel crucial ao segurar a balança na qual o coração do falecido (representando suas ações) era pesado em relação a uma pena (simbolizando o conceito de justiça).
Devido ao seu papel como guardião dos túmulos, acreditava-se que punia todos aqueles que profanavam esses lugares sagrados. Os antigos egípcios se referiam a ele como Anpu ou Inpu, enquanto o termo ‘Anúbis’ é derivado do idioma grego.
Sobre o nascimento do Deus egípcio dos funerais, há um mito egípcio que relata esse evento. De acordo com a lenda, o Deus nasceu da união entre Osíris e Néftis, a deusa da noite. Néftis tinha um afeto por Osíris devido à sua beleza. Para se aproximar dele, ela se disfarçou como Ísis, esposa de Osíris, e teve relações com ele.
Néftis engravidou de Osíris, dando à luz o deus egípcio dos funerais, mas posteriormente o abandonou com medo de que seu marido, Seth, descobrisse a traição. Ísis, ao descobrir que Néftis havia concebido um filho de Osíris, procurou a criança e a resgatou, criando-a como se fosse seu próprio filho. No entanto, Seth também descobriu o ocorrido e, enfurecido, decidiu se vingar, assassinando Osíris.
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Culto a Anúbis
Um dos principais centros de adoração ao Deus egípcio dos funerais no Antigo Egito era a cidade de Saka, localizada no Alto Egito. Além disso, havia santuários dedicados a ele por todo o território egípcio. Devido à sua associação com a morte, ele se tornou o deus padroeiro de Mênfis, uma cidade que abrigava necrópoles em todo o Egito. Em Mênfis, era venerado como o padroeiro do processo de embalsamamento. O culto a ele era extremamente popular no Egito e se estendeu para outros povos, incluindo os cuxitas.
Além dessas práticas, os egípcios o adoravam de várias outras maneiras:
- Sacerdotes usavam máscaras em forma de chacal durante os rituais nos templos dedicados a ele.
- Amuletos eram usados como referência a esse deus, buscando sua proteção e bênção.
- Suas imagens eram frequentemente encontradas em tumbas, honrando-o e buscando sua assistência na vida após a morte.
Além disso, a devoção dos egípcios foi marcada pelo fato de que uma série de epítetos foi atribuída a esse deus, referindo-se aos seus diversos atributos.
Os egípcios se referiam a ele como “o primeiro dos ocidentais”, sendo que “ocidental” era um termo usado para descrever aqueles que habitavam o mundo além da vida terrena. Anúbis também era conhecido por muitos outros epítetos, como ‘mestre dos segredos’, pois possuía conhecimento sobre o que aguardava os mortos na vida após a morte.
Como podemos observar, tanto os epítetos quanto as referências ao Deus egípcio dos funerais na cultura egípcia enfatizavam sua ligação com a morte e sua importância nas práticas funerárias, assim como os egípcios acreditavam na vida após a morte.
A influência do Deus egípcio dos funerais na cultura popular moderna
Você já parou para pensar na presença de Anúbis na cultura popular moderna? Esse Deus egípcio antigo tem influenciado diversas formas de expressão artística e entretenimento ao longo dos anos. Filmes, séries, livros e até mesmo jogos retratam a sua figura enigmática com uma cabeça de chacal e seu papel como guardião dos mortos.
Sua representação como uma entidade enigmática conectada ao reino espiritual intriga as pessoas a investigar temas como vida após a morte, julgamento da alma e o equilíbrio entre o bem e o mal. A fascinação pela mitologia egípcia se reflete no uso frequente de imagens do Deus egípcio dos funerais em tatuagens, acessórios e decoração.
Além disso, a presença marcante de Anúbis em eventos culturais como exposições temáticas ou festivais dedicados à cultura egípcia mostra como esse Deus milenar ainda exerce poder sobre a imaginação das pessoas nos dias atuais. Sua aura de mistério continua a cativar públicos ao redor do mundo, mantendo viva sua influência na sociedade contemporânea.
Desafios enfrentados pelo culto a o Deus egípcio dos funerais
Os obstáculos enfrentados pela adoração a Anúbis são diversos e espelham as transformações na sociedade e nas crenças ao longo dos séculos. Com o declínio da religião egípcia antiga, muitos dos rituais e cerimônias dedicados a ele foram perdidos ou modificados. Além disso, a interpretação moderna de divindades antigas nem sempre é fiel às suas origens, levando a uma diluição do significado original de sua figura.
No entanto, apesar desses desafios, seu legado continua vivo na cultura popular moderna. Sua imagem icônica e seu papel como guia espiritual continuam fascinando pessoas em todo o mundo. A influência do Deus egípcio dos funerais pode ser vista em filmes, livros, jogos e até mesmo em práticas espirituais contemporâneas.
Assim, mesmo enfrentando obstáculos no caminho, Anúbis permanece como uma figura poderosa e misteriosa que transcende os séculos, lembrando-nos da riqueza da mitologia egípcia antiga e sua relevância contínua nos dias de hoje.
Conteúdo inspirado na página: Beano
Diego Sanchez é um entusiasta das mitologias globais, explorando narrativas antigas e conexões entre culturas. Para ele, os mitos são espelhos que refletem os mistérios e verdades universais da humanidade. Sua jornada é uma busca pelo entendimento do ser humano e seu lugar no cosmos.